Fica entre nós (...)

sábado, 26 de dezembro de 2009

Um apenas? nunca chega (...)


"Queres o que não tens, essa é a realidade. (...)
Tinhas nas tuas mãos a felicidade, nelas possuias aquilo que é tão dificíl de alcançar e conseguias manter bem junto do teu peito mas querias sempre o que não tinhas.
Querias trocar-me pela adrenalina da novidade, aquele doce sabor que vagueia nas veias como corrente sanguínea. Querias e conseguiste fazê-lo, não sei como, nem porquê e deixaste-me. Largaste-me da tua mão e deixaste-me voar, renunciaste a areia de alegria, fazendo-a passar por entre os teus dedos, pensando eu que a guardarias eternamente, com a garra que tanto te define.
Um nunca chega, não é verdade? O consumo do maior é mais aliciante que a simples singularidade.
Mas sabes? Também é verdade que quem tudo quer tudo perde por isso, aqui tens a tua realidade, a verdade dos teus erros. O teu destino, o teu fado. O fado cantado e feito de amarguras porque sim, essa é a justiça. Tal como tudo, é justo, para ti. Para mim e até, talvez para nós.
Um apenas? Não chega. Porque o querer é sempre elevado. Vai até ao topo dos céus e não volta. Não diminuí. Nada. Pelo o contrário. Esse querer é sempre contraditório ao crer. Depois de dois vem nenhum, porque dois nunca são suportáveis, é demais.
Um apenas nunca te chegou... "

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Poderiamos...



Ainda te lembras?
Quando era tudo tão magnífico e sem problemas. Eramos inseparáveis, completamente incapazes de alcançar. O nosso sorriso estava sempre lá, nas nossas caras, nos nossos lábios e preenchia a nossa alma de uma alegria única. Alegria essa que só nós sentiamos, puramente. Alegria essa que era só Nossa.
E os momentos, os Nossos momentos eram tão singulares, vividos apenas uma vês mas, simplesmente, guardados. Todos eles.
Tornava-os eternos e constantes. Caminhariamos pela chuva, vezes sem fim.
Abraçavas-me sem limites e tornariamos a nossa amizade desmedida. Sem limites, talvez o nosso único limite fosse a eternidade porque de resto, juntos iriamos até ao fim do mundo.
Queres saber qual é, realmente, a verdade?
A saudade, essa sim é tão real e sentida. Poderiamos viver tudo de novo, mas não.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Encontrei-te.


hum, cheira-me a verão. Mas onde estou eu ? Estou só. Completamente só.As ondas do mar correm em direcção aos meus pés tal como o seu perfume suave. Um perfume suave entrecalado com leves nuances mais intensas.

-Onde estás? - gritei.

O meu grito foi a inútil. Estava fraca, sem voz. Todo o meu corpo tremia tal como a minha voz. Tinha medo. A solidão assustava-me.Vi á minha volta e a única presença naquele lugar era o sol. Esse sim, iluminava-me. A mim e ao meu caminho.

Senti alguém agarrar-me na mão. Tinha a pele macia. Era uma mão forte e sem dúvida a mão de um rapaz.Virei-me e olhei-o nos olhos. Enfrentei-o.

-Onde estavas? - perguntei-lhe enquanto os meus olhos brilhavam.

Os meus lábios estavam secos. Salgados por causa da água do mar. Ele aproximou-se de mim e beijou-me. Num beijo suave e doce perdi todos os meus medos. E entreguei-me.

-Queres saber onde estava? - passou o dedo indicador pelo meu lábio inferior e sorriu.

Os meus olhos brilharam de novo. Com um brilho magnifico.

-Sim. Olhou o meu corpo de cima a mais. Como forma de desejo.

-Estive a pensar... - sussurou.

Pensar? Perguntei a mim mesma. -Em que? Pensar? Perguntei de novo. Eu sim, tinha muito em que pensar.

-No quanto eu te amo. És a mulher da minha vida. E eu não te quero perder.

Inspirei o ar que vinha para mim. O ar que corria para junto do meu rosto. Era um ar tão puro. Puro. Tal como o sentimento que corria nas nossas veias. Ardia dentro delas. Queimava como o fogo.

-Encontrei-te e o encontro tornou-se tão simples e significativo.
p.s : Dedicado á Mariana Silva. Porque ela é uma alegria.

Início?


Etapa. Nova, sim.

Começa do princípio porque o fim magoa. O meu fim, assusta. O teu fim doi e o nosso é aterrorizador. É como agarrar-te na mão e pedir-te que não vás. Por favor, não vás porque tu és o ser. O meu ser.

Vamos começar do início? Pode ser?

Vamos voltar a sorrir, como sempre sorrimos. Como quando estavamos juntos. Felizes.

Ligavas-me todas as manhãs, tardes e noites. Acordava com a tua voz ao meu ouvido e adormecia com a tua doçura no meu pensamento e quando estavamos perto um do outro... Ai, aí eramos um só. Juntavas os teus lábios aos meus e abraçavas-me.

Vamos voltar a ser Nós. Tu e eu, unidos.

Vamos dar início.